Em um ano, país passou da nona para quinta posição; setor residencial foi responsável pela maior parte das contratações (77,4%).
O Brasil tornou-se o quinto maior produtor de energia solar em 2021, com a geração de cerca de 13 gigawatts (GW) durante o ano. Em 2020, o país ocupava a nona posição, segundo dados do relatório REN21, publicado nesta quarta-feira (15).
As novas adições (5,5 GW) foram puxadas principalmente pela geração distribuída (4GW), quando os painéis fotovoltaicos são instalados no local em que a energia será consumida. O setor residencial foi responsável pela maior parte das contratações (77,4%).
De acordo com dados do relatório, a energia solar distribuída cresceu no Brasil impulsionada, principalmente, por um aumento geral dos preços da eletricidade em decorrência da crise hídrica que impactou a capacidade hidrelétrica do país.
Ranking de maiores produtores de energia solar

A captação de energia solar fotovoltaica continuou a crescer em toda a América Latina, apesar da lenta recuperação dos impactos da pandemia nos países da região, mostrou o relatório. Os quatro países com melhor desempenho em capacidade recém-instalada foram:
- Brasil (5,5 GW);
- México (1,8 GW);
- Chile (1,3 GW);
- Argentina (0,2 GW).
Além da geração elétrica fotovoltaica, o mercado brasileiro manteve-se como um dos mais importantes para sistemas de aquecimento solar de água, com uma alta de 28% das vendas neste segmento no ano passado, ocupando a quinta posição no ranking atrás dos Estados Unidos.
No setor eólico, o Brasil está atrás apenas de China e Estados Unidos, um segmento que deve sua expansão em 2021 principalmente ao destravamento de investimentos offshore (em alto mar).
Energia renovável
Segundo a pesquisa, as energias renováveis responderam por 84% das novas adições de energia na rede global no ano passado, o maior percentual desde 2011, quando a medição começou a ser feita. Foram 315 GW de energia renovável nova no mundo, o suficiente para abastecer todos os consumidores domésticos do Brasil.
A China se tornou o primeiro país a ultrapassar 1TW de capacidade de energia renovável instalada, muito à frente de EUA (398GW), Brasil (160GW), Índia (158GW) e Alemanha (139GW). O país asiático lidera em quase todos os segmentos renováveis e também foi o que mais investiu como um todo no setor (37%) de todo o mundo, à frente da Europa (22%), Asia-Oceania (sem China e Índia,16%) e os EUA (13%).